7 de mai. de 2009

Dos inventários em muros


Em algumas noites, você não tem como usar o seu cinismo para fingir que não se importa, para parecer que não é qualquer um. Em algumas noites, você é obrigado a admitir que, diante de pessoas de verdade, palavras espirituosas perdem o sentido, pois os outros sabem: somos quase todos grandes abismos. Perder-se do olhar do mundo, escrever inventários e poemas em muros, distrair-se da morte. Merecer uma nova cor de vestido, algumas semanas de março. Aquela que nunca houve: nossos punhos num mesmo laço. No seu último bilhete: não há sonho que morra sem deixar vestígios. Neste meu, datas ou retornos não digo.

16 comentários:

Personagem Principal disse...

Isso é uma pausa? Nãoooo! Fica aí, poxaaaaa! :(

Edu O. disse...

estive aqui e, como sempre, sem saber o que dizer.

aeronauta disse...

Texto tão bonito, tocante, lírico...

Nilson disse...

Somos abismos: é isso! Beleza de texto!

Lidi disse...

Por isso que a literatura me encanta! Você poderia ter escolhido outras formas para anunciar uma pausa, mas optou pela mais linda! Adorei o texto, no entanto, concordo, plenamente, com a personagem principal: fica aí, poxa! Sentiremos saudades!

Senhorita B. disse...

É só um tempinho.. Preciso desses silêncios...
Bjs para tds!

Anônimo disse...

Que o silêncio lhe traga tudo o que precisa...
E até o que não precisa! hehe

Belo texto, como sempre!
Espero que não demore muito. :)

Beijos.

franklin albuquerque disse...

Acabei de receber o seu livro ! comecei a ler este post quando do portão o correio gritou e jogou o embrulho na porta de casa, nem acreditei quando vi o remetente !
é o chamado fenomeno da sincronicidade ! estou besta ! espero que isso seja um bom sinal...são exatamente 13:10...tô pasmo !!
obrigado !
Franklin

Edu O. disse...

Oi Renata, muito obrigado por tua atenção. De que maneira posso procurar o MP? Uma vez fiz isso em busca de orientação quando o Procon se recusou a me atender pq não tinha acessibilidade no Shopping Barra e o MP foi o primeiro a dizer que era causa perdida. Perdi a fé em tudo e não sei a quem recorrer quando ocorre uma coisa dessa. Eu tenho um taxista que trabalha comigo há 15 anos e ontem ele não podia me pegar no horário que eu necessitava, o que me obrigou a procurar as empresas de táxi. Escrevi um email para a Elitte Táxi e eles me responderam. Queria te enviar para vc ver se serve como prova do que me aconteceu e assim entrar com algum processo.

Emmanuel Mirdad disse...

Um grande abismo tem fim? O meu tem. Fiquei à beira, e enfim soube disto. Não tem pontas, graças a Deus. Tem camas. Sem amarras. Só conforto. Por isso, o perigo. Que seduz tanto.

Andréia M. G. disse...

Olá, Renata!

Silêncios às vezes são necessários, mas espero que o seu seja breve para que não prive por muito tempo seus leitores de um contato direto com vc pelo blog. Qualquer coisa, construa outro pouso, caso esse já não lhe satisfaça mais... Mas não nos abandone! rs Se bem que vc disse que é só um tempinho... rs

Bj!

P.S.: Leia seu e-mail.

aeronauta disse...

Amei esse comentário de Mirdad. Poesia genuína.

Kátia Borges disse...

Querida, lindo texto. Obrigada pela mensagem em meu blog. Um beijo imenso. Kátia Borges

Marcus Gusmão disse...

Volte. Seus abismos nos faltam.

Anônimo disse...

Renata, estendo a você minha corda de estimação. Sobe por ela, pisando nos nós que fiz.

anjobaldio disse...

Ôi Renata. Muito lindo.
Bjs!