27 de abr. de 2008

Algo para não esquecer...


É preciso aprender a esquecer. Para que se possa ir em frente, quando se constata que a vida dos sonhos não pode ser. Para que a mochila pesada que carregamos nas costas tenha valia, para que suas alças não marquem nossa pele como uma cruz, para que espinhos não mahuquem nossos pés enquanto buscamos nosso caminho. É preciso aprender a esquecer. É isso que pensa, durante sua fuga, a Senhorita B.

23 de abr. de 2008

No dia dos direitos autorais: considerações sobre Paris Hilton e Darfur


No mês passado, entreguei meu trabalho de conclusão da especialização. Escrevi sobre o direito à intimidade nos tempos modernos. E, em vários momentos, me deparei com a necessidade de discutir o choque deste com outros direitos fundamentais.
Parecia que eu estava adivinhando o que iria acontecer... Dias depois, o caso Isabella Nardoni explodiu e tornou meu tema super atual. Na ocasião da elaboração da minha monografia, me fiz várias perguntas que, agora, voltaram com força total. Quais são os limites da liberdade de expressão? Pode a mídia divulgar de forma tão ostensiva a suposta intimidade do casal Nardoni? Caso o casal seja levado a julgamento, já não estariam os componentes do Tribunal do Juri relativamente influenciados pela comoção pública?
Sim, não é fácil responder tais questionamentos. Trabalhar com colisão de direitos é sempre extremamente complicado.
Pois bem, hoje, no dia dos direitos autorais, li a notícia sobre a polêmica causada pela figura acima. E, mais uma vez, me perguntei: pode o direito de expressão prevalecer sobre os direitos autorais? Duvidas não restam da representação pejorativa de uma bolsa Louis Vitton no desenho.
Defendendo seu trabalho, a criadora da gravura afirmou; "Minha ilustração SIMPLE LIVING é uma idéia inspirada pela cobertura da mídia a coisas completamente sem sentido. Meu pensamento foi: uma vez que não fazer nada, mas usar bolsas de designers e cachorros pequenos e feios aparentemente é suficiente para te colocar numa capa de revista, talvez valha a pena para as pessoas que realmente merecem e precisam de atenção. Quando as mesmas imagens nos são apresentadas continuamente, nós começamos a acreditar que elas são importantes. Quando estava lendo o livro "NOT ON OUR WATCH", do Don Cheadle e do John Prendergast esse verão, fiquei horrorizada pelo fato de que mesmo com o genocídio e outras atrocidades em Darfur, Paris Hilton era quem estava atraindo toda a atenção. Será possível que o mundo do entretenimento dominou o nosso bom senso? Se você não pode ganhar deles, junte-se a eles. Por isso escolhi misturar a realidade cruel com elementos do showbiz no meu desenho. Quando você vê maneiras de ajudar Darfur no website: www.savedarfur.org, entre outras coisas, ele diz: Levante a conscientização. Levante fundos. Então é isso que estou tentando fazer. 100% dos lucros com a camiseta e o poster do SIMPLE LIVING são doados para a Divest for Darfur."
É óbvio que a marca Louis Vitton não gostou e já está reclamando seus direitos autorais...
Bom, gosto dos argumentos da artista, vivemos um momento de intensa inversão de valores. Diariamente, vejo pessoas, que nada oferecem à sociedade, se tornarem ícones e passarem a ser idolatradas pelos meios de comunicação. (vide http://ego.globo.com/Gente/Fotos/0,,GF57246-9801,00-GALERIA+DE+FOTOS+NATALIA+CASASSOLA+GANHA+FESTA+DOS+FAS.html#fotogaleria=8 ).
No entanto, dúvidas ficam no ar: não poderia a artista ter representado a bolsa sem uma caracterização tão explícita? Não teria a campanha basicamente o mesmo apelo se tivesse apenas uma leve referência ao culto às bolsas de marca?
Sou contra a idéia de policiamento do outro. Acho que todos devem ter a plena liberdade individual assegurada. E isto se reflete na opção de escolha de seus próprios bens de consumo. Nem todo mundo que usa roupas de marca é alienado ou ignora a realidade. Alguns têm condições para investir em responsabilidade social e para bancar seus desejos. Quem somos nós para determinar aquilo que as outras pessoas devem ou não fazer? Conheço artistas que dizem que "não ligam para dinheiro", mas que, apesar do aspecto "descolado", não perdem a oportunidade de tirar vantagem dos colegas.
Acho que, no mundo, existe todo o tipo de gente e classificações quase nunca se mostram fiéis à realidade.
Bom, escrevi demais. Agora quero saber (se é que alguém leu até o final) o que vocês pensam sobre o assunto.

21 de abr. de 2008

Um sonho?


Na última noite, tive um sonho: encontrava-me, de repente, na escada de algum lugar, com aquela que penso ser a Senhorita B. Ela nada falava, ficava todo o tempo me observando em silêncio. Mas quando acordei, não tive dúvidas sobre o que queria dizer. Não, eu não posso abandonar a sua história. Ela deve ser escrita. Até o fim. Para que eu possa em paz envelhecer.

17 de abr. de 2008

Sing for the laughter and sing for the tears...





Dream on, dream on
Dream yourself a dream come true
Dream on, dream on
Dream until your dream come true
Dream on, dream on, dream on...

13 de abr. de 2008

Perto do fim:



Há uma solidão que não cabe em mim.

8 de abr. de 2008

Da desilusão.


Aos que morreram para mim, abandono estas últimas flores.

6 de abr. de 2008

Opções para o B.


Lista meramente exemplificativa:

Benário.

Baker.

Belle.

Blair.

Buarque.

Bezerra.

Buffone.

Beckham.

Bosworth.

Blogspot.

Beck.

Braga.

Bandeira.

Barros.

Bruni.

Bisset.

Boneca.

Barretto.

Belmonte.

Brasil.

Brecht.

Bispo.

Bulamarqui.

Bergamaschi.

Beltoise.

Bittencourt.

Beauvoir.

Borges.

Balenciaga.

Bradshaw.

Blahnik.

Bruni.

Bergman.

Bocage.

Bruce

Beneton

Bali

Bilbao

BMW

Bruma

Brisa

Brahma

Bukowski

Brio

Bronze

Broto

Brutus

Bonita

Outras possibilidades são bem-vindas. Podem enviar que eu acrescento.
(Na fotografia, uma linda e elegante Senhorita B: Carla Bruni.)