29 de set. de 2008

Quem conta um conto

O Presidente do PEN Clube do Brasil e
a Editora Tempo Brasileiro
contam com sua presença amiga
por ocasião do lançamento do livro


QUEM CONTA UM CONTO
Estudos Sobre Contistas Brasileiras Estreantes Nos Anos 90 E 2000


Coordenado por
HELENA PARENTE CUNHA


Participantes:
Aderaldo Luciano dos Santos
Alessandra Garrido Sotero da Silva
Ana Renata Baltazar
Anna Beatriz Paula
Christina Ramalho
Igor Fagundes
Laura da Silveira Paula
Marcos de Carvalho
Maria Aparecida Rodrigues Fontes
Nícea Helena Nogueira
Osmar Soares da Silva Filho
Vera Lúcia da Silva Sales Ferreira

Dia 01 de outubro de 2008,
às 18h no PEN Clube do Brasil,
Praia do Flamengo, 172, 11º andar,
Rio de Janeiro.

Eu sou uma das contistas estudadas:)
Quem escreveu o "Renata Belmonte: As Intermitências do Ser" foi o Osmar Sores da Silva Filho, doutorando da UFRJ. Fica aqui registrado o meu público agradecimento por seu tão belo trabalho.

7 de set. de 2008

Autoritarismo


Decreto férias urgentes para mim e para o Vestígios!

No mês de setembro, farei parte de um grupo de pesquisas e não terei como postar. Mas prometo voltar logo:)

6 de set. de 2008

Meu primeiro amor


Aos nove anos, me apaixonei. Perdidamente. E, com quase uma década de vida, compreendi porque todas as músicas românticas que escutava falavam de dor. Antes de tal fatídica experiência, eu sempre me perguntava: não é o amor um sentimento bom, que nos deixa felizes? Porque, afinal de contas, os apaixonados só vivem se lamentando e sussurrando coisas tristes?
Pois então: aos nove anos de idade, me apaixonei. E conheci toda a angústia que apenas tal sentimento pode causar. Muitas foram as noites que fiquei sem dormir. Como todos os primeiros e melhores amores, o meu era absolutamente impossível e muitos eram os obstáculos que existiam entre nós.
O primeiro e mais doloroso empecilho de todos usava um vestido azul: isso mesmo, o meu primeiro amor era visivelmente apaixonado por outra garota. Além disso, pertencíamos a mundos muito diferentes. E apenas tínhamos em comum o fato de que nos alimentávamos de sonhos e que detestávamos a realidade, este monstro com um relógio na barriga.
Isto mesmo: aos nove anos de idade, me apaixonei, completamente, pelo Peter Pan. E, alguns anos atrás, assistindo um filme sobre o autor de sua história, me reapaixonei pelo menino que nunca aceitou crescer. Também, nesta ocasião, mais uma constatação de nossa incompatibilidade: sempre detestei ser criança, até hoje, tento me livrar da minha infância.
Pois bem: superada tal paixão e, já adulta, compreendi que o amor se faz de metáforas e pequenas invenções cotidianas. Ou melhor: o amor é para aqueles que possuem imaginação e têm humor, a mais eficaz arma contra tragédias iminentes.
Mas Wendy? Sei... Boa de uma sonsa!

4 de set. de 2008

Os aiatolás culturais


Em 2003, após o lançamento de Femininamente, fui convidada para participar de um evento literário. Única mulher da mesa, aos vinte e um anos de idade, eu estava me sentindo super feliz por ter recebido tal convite. Mas, ao responder uma das perguntas da platéia, fui apresentada a um tipo de gente que não conhecia: os aiatolás culturais.
Os aiatolás culturais são pessoas que se acham acima de todos e que se sentem no direito de diminuir e distorcer qualquer opinião alheia. Não, ninguém pode discordar de nada do que diz um aiatolá cultural. Caso contrário, poderá incorrer em penas gravíssimas!
Os aiatolás culturais são facilmente reconhecíveis. Costumam, em qualquer de suas frases, citar Schopenhaur ou Baudelaire, falam muito, mas não dizem nada. O olhar do aiatolás culturais sobre os artistas mais jovens é sempre depreciativo, não, eles não conseguem admitir as novas gerações. E o mais curioso disso tudo é que os aiatolás culturais geralmente não são pessoas de alto quilate intelectual. Muitas vezes, são apenas seres que se autodenominaram grandes pensadores.
Não raro, encontro com alguns aiatolás culturais. E, quase sempre, é a mesma coisa: eles me aplicam provinhas. Com tom arrogante, indagam quais clássicos já li, qual o meu filme indiano favorito, dentre outras coisas. Quase sempre, quando isso acontece, fico prendendo o riso. Qual será a pena para quem não leu Joyce? E para quem não gosta de teatro? Cuidado, Bernardo e Aeronauta... É possível que, qualquer hora dessas, chegue um policial nas suas casas...
Esse fundamentalismo artístico é uma bobagem, ignora o quanto as pessoas são plurais. Adoro o Vestígios por isso: sempre aparece por aqui alguém bacana para dividir suas opiniões.
Sim, eu vou continuar adorando seriados americanos, Pop Art e rock. Não, eu não vou me fantasiar de descolada para que alguém acredite que sou uma escritora de valor. Sim, eu amo cinema e literatura. Qual é mesmo o problema de se gostar de muitas coisas?
Não, eu não sinto raiva ou qualquer sentimento negativo pelos aiatolás culturais. Na verdade, eu sei que eles são apenas crianças que não aprenderam como lidar com sua própria dor.

2 de set. de 2008

Don't call me daughter...


Ontem, estava vendo televisão e ouvi a seguinte frase: De seus pais até Jesus Cristo, todos já sonharam em ser ídolos do rock. Me acabei de rir. Sempre que estou arrumando minhas coisas, faço um dueto(na minha cabeça) de Daughter com Eddie Vedder. E sabe o que é melhor? Na minha fantasia, tenho uma voz super potente e a platéia vai ao delírio!
Pois então: confessem logo nos comentários com quem vocês dividem os vocais...