Caminhando por lugares muito conhecidos que sempre, apesar de tudo, serão seus. Reconhecendo-se em cada pequeno canto, encontrando alegrias nessas redescobertas. Não, não havia abandonado ou perdido nada. As mesmas pessoas com suas vidas na mesma. Algumas belas, encantadoras. Outras menores, mas a distância traz uma certa piedade. Os cheiros que pensava esquecidos, os monstros criados, agora, motivos de zombaria. Num breve lampejo de saudade, Cecília sussurra no seu ouvido: Não tem mais lar aquele que mora em tudo. Novamente, fugitiva, muito longe do mar. Melhor assim.
16 de out. de 2008
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2 comentários:
Bonito texto, Renata. Como morei em muitíssimos lugares, às vezes sinto medo de não ter um lugar único que reconheça como meu, um lar.
Lindo texto! A literatura e o seu território. Beijos
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