E eis que, num momento de pavor, teve o seu medo mitigado por uma interessante descoberta. Se morresse naquele lugar, naquele minuto, quem gostaria de pensar que foi? Uma personagem de Clarice, Simone, Marguerite Durás ou Françoise Sagan? Ou de Ingmar Bergman, Isabel Coixet, Woody Allen? Teria a Sofia Coppola sido aquela que mais representou na arte o seu mundo? Então, o que podia dizer das mulheres do Chico? Sim, a verdade é que era um pouco de tudo isso. Mas uma outra imagem tomava conta de sua mente e para sua surpresa parecia ser o veredicto. Teve até uma leve dificuldade de aceitar tal resultado, pois ele lhe parecia demasiado pueril e simples. Naquele momento de terror, constatou: gostaria de pensar que foi apenas uma personagem dos desenhos de Walt Disney. Usando um belíssimo vestido de festa, ao lado de seu marido. Bailando sem medo em direção à morte, num salão iluminado e infinito.
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12 comentários:
Que texto lindo, Renata! Estava conversando, hoje, com uma amiga, sobre a tua escrita. Você tem uma sensibilidade única e um modo de escrever que nos encanta! Admiro-te muito mesmo e percebi que estou viciada no Vestígios. Adoro este espaço! Um beijo.
Lindo, lindo, lindo.
Renata, gostaria de ser Yasmim, de Aladim e voar naquele tapete mágico, vendo o mundo ideal , que só pode ser mesmo visto de longe.
beijo
Também achei muito lindo.
pô, já disseram e redisseram e eu digo de novo: merveiê!
tempinho que não aparecia por aqui.
mas continua um lugar cheio de mágica. às vezes penso: essa Renata Belmonte não cresceu. Que bom :)
Lindo mesmo. E bem melhor do que minhas filhas sonhando com a eternidade conquistada pela mordida do vampiro do volvo prata.
Renata,
Tive conhecimento do seu blog no programa Aprovado, exibido em 04/07/2009.
Cara, fiquei abismada. Muito bom! Mentes pensantes fazem diferença sim!
Estou aqui (no mundinho a parte dos "blogueiros") recentemente.
Quando puder dá uma passadinha também.
Muito massa.
Que venham novos posts.
"Absurdites de l' existence"
escreva alguma coisa sobre essa expressão
Eu queria ser o músico que continuou a tocar enquanto o Titanic naufragava. Se isto de fato aconteceu.
"Num salão iluminado e infinito" pairam sonhos e solidões, lembranças vividas e imaginadas. Saudações literárias.
isso é que é o verdadeiro conto de fadas, movido pelo desejo.
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