3 de jan. de 2008

Pânico de semi-conhecidos


Conversando hoje ao telefone com Personagem Principal, descobri que sofro de uma síndrome chamada pânico de semi-conhecidos. Os sintomas? Fico nervosa todas às vezes que encontro casualmente um ex-colega de faculdade com quem não tenho muita intimidade. Odeio dividir o elevador com meus vizinhos, nunca sei o que dizer. Sempre que vejo algum amigo de um amigo com quem jamais travei diálogos, me desespero. Não, eu não sou tímida. Me relaciono bem com pessoas conhecidas e desconhecidas. Peço informações na rua sem maiores problemas. Mas a simples possibilidade de ter que falar com seres que conheço pouco, me causa calafrios. Sim, isto é pânico de semi-conhecidos.

No Natal, o shopping estava repleto deles. Imaginem que tortura! Acenos desastrados, sorrisos amarelos e ois não recíprocos marcaram minhas compras. Além disso, recebi um e-mail de uma semi-conhecida dizendo que eu era muito importante na vida dela. Como assim? Mal nos vimos nos últimos anos! Devo eu retribuir sua gentileza? Mas fazer isso não seria falsidade?

Meu Réveillon perfeito seria ao lado do meu namorado, dentro da minha casa. Compraríamos alguma comida, celebraríamos a chegada do novo ano e iríamos dormir sem termos passado pelo desnecessário ritual de abraços forçados com semi-conhecidos. Mas não foi isso que aconteceu. Não é que meu pai, na melhor das intenções, comprou ingressos de uma dessas festas bombadas para nós?

Enfim. Perto da meia-noite cogitei me esconder no banheiro. Mas achei freak demais. E acabei me abraçando com os filhos das amigas de minha mãe, com o neto de um ex-colega de trabalho de meu pai, dentre outras criaturas...

Bom, eu realmente desejo para todos os meus semi-conhecidos um 2008 cheio de realizações. Mas espero não reencontrá-los no shopping ou em qualquer outro lugar tão cedo.

18 comentários:

Anônimo disse...

Renata,
Para tentar ajudá-la a superar este nervosismo, lembre-se quantas pessoas nós conhecemos em nossas vidas que começaram como desconhecidos e foram evoluindo para, por exemplo, semi-conhecidos, conhecidos, amigos, maravilhosos amigos que se tornaram indispensáveis em nossas vidas, até chegarmos, enfim, a encontrar aquela pessoa que nos completa plenamente e sempre estará disposta a satisfazer todos os nossos sonhos, desejos e expectativas.
Como você ainda não me conheceu pessoalmente e, portanto, ainda, espero que só por enquanto, não tem intimidade comigo, não sei se me enquadro nestes chamados semi-conhecidos, mas, se eu, também, estiver enquadrado, não fique nervosa se algum dia nos encontrarmos casualmente ou não e sugiro que, quando este encontro acontecer, você respire fundo e imagine que somos amigos íntimos há muito tempo que tenho certeza que, aos poucos, aprenderá a superar esta síndrome e perceberá que as pessoas desconhecidas ou semi-conhecidas, que antes nos deixavam nervosas, quando as conhecemos melhor e passamos a ter intimidade com elas, podem nos surpreender e, até, no seu caso específico, podem servir para lhe dar novas idéias para os seus tão inspiradores contos.
Espero que o seu desejo para os seus semi-conhecidos se realize na primeira parte, mas, se me considerar um deles, espero que você abra uma exceção e não tema de um dia nos encontrarmos, casualmente ou não, quando você também desejar ou tiver interesse. Quanto ao nervosismo, se tiver, pense que é a emoção de termos a sorte e o imenso privilégio de nos conhecermos pessoalmente e melhor e darmos início a mais uma maravilhosa amizade que pode se perpetuar tanto quanto todas as outras que já construímos ao longo de nossas vidas e nos deram ou ainda nos dão infinitas alegrias.
Espero tê-la ajudado a refletir sobre esta sua síndrome e que a ajude a superá-la à distância ou, quando você também desejar, pessoalmente.
Por fim, para ajudá-la ainda mais, deixo uma humilde citação:
"Não evite as pessoas por se sentir nervosa, pois a ajuda pode vir para nós de pessoas que jamais esperaríamos contar e com as quais nunca tivemos qualquer intimidade". (Sedeug Leafar)
Se conseguir descobrir quem é o autor, já pode considerar que já começa a ter uma maior intimidade com o autor desta citação, pois já consegue ler seus pensamentos.

Vivz disse...

Gargalhadas! Vou torcer para que seu desejo se realize. Semi-conhecidos suck! Beijocas.

Vivz disse...

Pq os semi-conhecidos escrevem tanto? Eu, que sou conhecida, tenho uma preguiiiça... heheheh.

Anônimo disse...

"O inferno conhecemos: está em toda parte e caminha sobre duas pernas."

Jaroslav Seifert

Senhorita B. disse...

Anônimo,
Adoro esta frase!
Bjs

Anônimo disse...

Personagem Principal, obrigado pela torcida por este humilde personagem coadjuvante e espero que, com a sua torcida, o meu desejo seja efetivado o quanto antes.

Quanto a sua pergunta, acho que a resposta seria, no meu caso, porque sinto a necessidade de ser útil para toda pessoa que, de alguma forma, me inspira, me faz refletir, me faz ler, enfim, me faz evoluir como ser humano, por isso, procuro usar, ao máximo, as palavras com todo cuidado e dedicação que eu conseguir.

Quanto a sua preguiça de escrever, deixo a seguinte consideração:
Não importa quanto se escreve, mas, sim, a qualidade do que se escreve e pode ter a certeza que a qualidade lhe é peculiar e a acompanhará por toda a sua vida.

Para descontrair, faço uma última consideração, esta sobre a citação que foi colocada aqui:
Se o inferno está em toda parte e caminha sobre duas pernas, então, nós baianos somos o paraíso, pois não caminhamos sobre duas pernas, mas, sim, nos arrastamos sobre elas, afinal, já virou folclore considerar o baiano como preguiçoso, embora saibamos que nem sempre isto é verdade. rsrs

Anônimo disse...

Tende a piorar. O crescimento do número de semi-conhecidos é diretamente proporcional ao aumento da fama.

Anônimo disse...

Toda pessoa que, de alguma forma, me inspira, me faz refletir, me faz ler, enfim, me faz evoluir como ser humano e que, infelizmente, ainda não tive o imenso prazer de conhecer pessoalmente de outras formas para eu, também, poder tentar conquistar e merecer o imenso privilégio de compartilhar de sua companhia e amizade, eu procuro aproveitar as oportunidades que surgem para demonstrar o meu interesse de conhecê-las pessoalmente e deixo que elas, voluntariamente, decidam se gostariam de me permitir encontrá-las no dia, horário e local que elas desejarem.
Quanto ao fato de uma pessoa ter ou não fama, se ela quiser acreditar que a fama é real e não imaginária, é eterna e não passageira, etc., é bom lembrar, também, que a fama depende do bom ou mau gosto da coletividade (alguém sabe me dizer quantos "Big Brother" este país já teve? E parece que terá mais um, o que será excelente, porque a educação do nosso país tem melhorado infinitamente por causa exclusiva deste programa "educacional").
Pelo conhecimento que estou tendo desta talentosíssima contista, através do que ela escreve, acabei me interessando em ter, um dia, este imenso privilégio dela me dar o imenso prazer de compartilhar de sua companhia e possamos nos conhecer pessoalmente, pois duvido que, no mínimo, não consigamos construir mais uma bela e maravilhosa amizade.
Quanto aos semi-conhecidos que surjam e desejem conhecê-la por considerá-la famosa, concordo plenamente com o Ivan, a tendência é piorar, então, cautela nunca é ou será demais, por isso que preferi me identificar aqui com o meu nome, colocar o meu e-mail (rafael.rmadvogados@gmail.com) e ainda convidá-la a me adicionar no orkut se também tiver e desejar, mas, caso não tenha e desejar saber mais a meu respeito é só procurar meu perfil usando meu nome, Rafael Guedes, idade 31 ou 32a partir de 11/01/08 e verá meu perfil com um ditado africano e várias outras citações.

Anônimo disse...

Para quem tiver interesse em me conhecer, pelo menos, virtualmente, o meu perfil no orkut é:
http://www.orkut.com/Home.aspx

Se quiserem, podem me adicionar que aceitarei com prazer.

Anna Amélia de Faria disse...

Adorei o texto e os comentários. Eu sou de lua, ora me irrito ora me alegro. Coisas que só a ciclotimia responde.
besitos,

Anônimo disse...

hahahahahhaa ME FEZ RIR mto, adorei, tb tenho pânico de semi-conhecidos, ainda bem q nao sou o único! Eu acho q nós nem chegamos a ser semi-conhecidos né, somos totais desconhecidos, então não tenho mto pânico d vc!heheheh Bjao Renata!

Luiza disse...

Oi Renata.. esta é a quinta tentativa de comentar aqui.. Recebi o livro na última quinta feira, fiquei super feliz em recebê-lo e já estou quase no fim, mas teu conto, claro, já li e amei.
Beijin
Luíza

O Sibarita disse...

Xiiiiiiiiiiiiiii... kkkk foi você, logo você sua menina? kkk Ai Deus!

Eu lhe vi no shopping e disse aos meus botões aquela é a Renata vou falar com ela, aiaiaia, kkk antes eu tivesse ouvido os meus botões...

-Botôes: Você é doido Sibarita? A menina tá tão agoniada ali que se você der um "oi" ela vai se picar, abrir o gás, virar nos seiscentos! kkkkk
-Eu: Mas, meus botões, essa menina é joinha...
-Botões: Ah é? kkk Então vai lá que agente gargalha de cá! kkk
-Eu: Vou pagar para ver... e fui indo, indo... kkk quando olhei para você e levantei a mão para dizer: "Oi Renata" kkk Vixeee... cadê você? Tomou doril, sumiu! Ai Jesus! kkkkk Quando olhei para o outro lado os botões gargalhando...
-kkk Viu você? Nós lhe avisamos, essa menina tem o sindrome do semi-desconhecido! kkkkk Se você fosse desconhecido...
-Eu: Ah bom.... Me lenhei! kkkkkkkk

É sua menina esse sindrome não é brincadeira não! kkkkk

Tá legal seu relato, é 10! E que situação essa heim? kkk

O diálogo acima é brincadeira para descontrair.

bjs
O Sibarita

Anônimo disse...

também tenho isso. e, piora, quando não lembro nomes,fatos, coisas. algumas vezes, uns vem e dizem "cara, vc lembra de pedro?", e eu todo dissimulado "claaaaaaaaaaaaaaro", e o sacana, parecendo advinhar, arremata, "pois é, que coisa aquilo que aconteceu com a mulher dele...", e eu, suando pacas "éééééééééé´". e ele, "pois é. que coisa chata...mas fica tranquilo, já resolveu..". e eu, desesperado "fooooooooooooooooooi???", e o canalha: "é, acho que sim...".

sandro so disse...

vamos, renata, assuma: vc É MESMO freak!
Boas férias

Lidi disse...

Ih, fiquei pensativa agora: E eu? Sou sua semi-conhecida? Não, né?! :)

Lidi disse...

E-amiga?

Ah, então, fiquei mais tranquila! :)

Iara De Dupont disse...

oi visite o meu blog da síndrome do pânico, uma experiência pessoal-infernal, obrigado.