31 de dez. de 2007
29 de dez. de 2007
Sumário de desejos
Postado por Senhorita B. às 3:11 PM 9 comentários
24 de dez. de 2007
It´s a wonderful life
Sim, eu sei. A felicidade não se compra... Por isso, só me resta desejar um Natal e um 2008 de cinema para todos vocês.
Beijos,
Renata
Cena final de A felicidade não se compra (It´s a wonderful life) de Frank Capra.
Postado por Senhorita B. às 12:01 PM 4 comentários
Para a menina que fui um dia:
Era véspera de Ano Bom. Fazia um frio intenso; já estava escurecendo e caía neve. Mas a despeito de todo o frio, e da neve, e da noite, que caía rapidamente, uma criança, uma menina, descalça e de cabeça descoberta, vagava pelas ruas. É certo que estava calçada quando saiu de casa; mas as chinelas eram muito grandes, pois que a mãe as usara, e escaparam-lhe dos pezinhos gelados, quando atravessava correndo uma rua, para fugir de dois carros que vinham a toda a brida. Não pôde achar um dos chinelos e o outro apanhou-o um rapazinho, que saiu correndo e declarando que aquilo ia servir de berço aos seus filhos, quando os tivesse. Continuou, pois, a menina a andar, agora ocm os pés nus e gelados. Levava no avental velhinho uma porção de pacotes de fósforos e tinha na mão uma caixinha: não conseguira vender uma só em todo o dia, e ninguém lhe dera esmola - nem um só vintém.
Assim, morta de fome e frio, ia se arrastando penosamente, vencida pelo cansaço e o desânimo - a estátua viva da miséria.
Os flocos de neve caíam pesados, sobre os lindos cachos louros que lhe emolduravam graciosamente o rosto; mas a menina nem dava por isso. Via, pelas janelas das casas, as luzes que brilhavam lá dentro; vagava na rua um cheiro bom de pato assado - era a véspera do Ano Bom - isso sim, não o esquecia ela.
Achou um canto, formado pela saliência de uma casa, e acocorou-se ali, com os pés encolhidos para abrigá-los ao calor do corpo; mas cada vez sentia mais frio. Não se animava a voltar para casa, porque não tinha vendido uma única caixinha de fósforos, e não ganhara um vintém; era certo que levaria algumas lambadas. Além disso, lá fazia tanto frio como na rua, pois só havia o abrigo do telhado, e por ele entrava uivando o vento, apesar dos trapos e das palhas que lhe tinham vedado as enormes frestas.
Tinha as maozinhas tão geladas... estavam duras de frio. Quem sabe se acendendo um daqueles fósforos pequeninos, sentiria algum calor? Se se animasse a tirar um ao menos da caixinha, e riscá-lo na parece para acendê-lo... Ritch!... Como estalou, e faiscou, antes de pegar fogo!
Deu uma chama quente, bem clara, e parecia mesmo uma vela, quando ela o abrigou com a mão. E era uma vela esquisita, aquela! Pareceu-lhe logo que estava sentada diante de uma grande estufa, de pés e maçanetas de bronze polido. Ardia nela um fogo magnífico, que espalhava suave calor. E a meninazinha ia estendendo os pés enregelados para aquecê-los e... crac! Apagou-se o clarão! Sumiu-se a estufa, tão quentinha, e ali ficou ela, no seu canto gelado, com um fósforo apagado na mão. Só via agora a parede escura e fria.
Riscou outro. Onde batia a sua luz, a parede tornava-se transparente como a gaze, e ela via tudo lá dentro da sala. Estava posta a mesa, e sobre a toalha alvíssima via-se, fumegando entre toda aquela porcelana tão fina, um belo pato assado, recheado de maçãs e ameixas. Mas o melhor de tudo foi que o pato saltou do prato e, com a faca ainda cravada nas costas, foi indo pelo soalho direto à menina que estava com tanta fome, e...
Mas - que foi aquilo? No mesmo instante acabou-se o fósforo, e ela tornou a ver somente a parede nua e fria, na noite escura. Riscou outro fósforo, e àquela luz resplandecente, viu-se sentada debaixo de uma linda árvore de Natal. Oh! Era muito maior, e mais ricamente decorada do que aquela que vira, naquele Natal, ao espiar pela porta de vidro da casa do negociante rico. Entre os galhos brilhavam milhares de velinhas; e estampas coloridas, como as que via nas vitrinas das lojas, olhavam para ela. A criança estendeu os braços, diante de tantos esplendores, e então, então... apagou-se o fósforo. Todas as luzinhas de natal foram subindo, subindo, mais alto, cada vez mais alto, e de repente ela viu que eram estrelas, que cintilavam no céu. Mas uma caiu lá de cima, deixando uma esteira de poeira luminosa no caminho.
- Morreu alguém - disse a criança.
Porque sua avó, a única pessoa que a amara no mundo, e que estava morta, lhe dizia sempre que quando uma estrela desce, é que uma alma subiu para o céu.
Agora ela acedeu outro fósforo; e desta vez foi a avó que lhe apareceu, a sua boa vovó, sorridente e luminosa, no esplendor da luz.
- Vovó! - gritou a pobre menina - Leva-me contigo... Já sei que quando o fósforo se apagar, tu vais desaparecer, como se sumiram a estufa quente, e o rico pato assado, e a linda árvore de Natal!
E a coitadinha pôs-se a riscar na parede todos os fósforos da caixa, para que a avó não se desvanecesse. E eles ardiam com tamanho brilho, que parecia dia, e nunca ela vira a vovó tão alta, nem tão bela! E ela tomou a neta nos braços, e voaram ambas, em um halo de luz e de alegria, mais altoo, e mais alto, e mais longe... longe da terra, para um lugar lá em cima onde não há mais frio, nem fome, nem sede, nem dor, nem medo, porque elas estavam agora com Deus.
A luz fria da madrugada achou a menina sentada no canto, entre as casas, com as faces coradas e um sorriso de beatitude. Morta. Morta de frio, na última noite do ano velho.
A luz do Ano Bom iluminou o pequenino corpo, ainda sentado no canto, com a mão cheia de fósforos queimados.
- Sem dúvida ela quis aquecer-se - diziam.
Mas... ninguém soube das lindas visões, que visões maravilhosas lhe povoaram os últimos momentos, nem em que halo tinha entrado com a avó nas glórias do Ano Novo.
Postado por Senhorita B. às 1:07 AM 5 comentários
21 de dez. de 2007
Em dias tão sentimentais...
Uma das canções da minha vida.
Postado por Senhorita B. às 9:35 PM 6 comentários
18 de dez. de 2007
Em tempos de reuniões de Natal...
"Nossa relação com as pessoas consiste em discutir com elas e criticá-las. Foi isso que me afastou por vontade própria de toda a minha vida social"
Frase de Isak Borg, personagem principal de Morangos Silvestres, um dos meus filmes favoritos do genial Ingmar Bergman.
Postado por Senhorita B. às 9:10 AM 17 comentários
15 de dez. de 2007
Prezados amigos secretos,
- Algum livro da Inês Pedrosa
- Algum livro do Antonio Di Benedetto
- Algum livro sobre cinema
- Faixas para o cabelo estilo Érica e Joana( qualquer dúvida, podem perguntar a elas)
- Roupas sempre são bem-vindas, desde que eu possa trocá-las.
- Roupas de ginástica
- Sandálias rasteiras
- Cds de rock
- Dvds de filmes clássicos ou cults
- Esmaltes antialérgicos(escuros, de preferência)
- Flores(inapropriado, mas sempre bacana)
- Caixa com apenas chocolate branco(existe?)
- Uma máquina fotográfica digital( eu sei, é quase impossível que vocês gostem tanto assim de mim, mas não custa tentar, quem sabe Papai Noel também não é um dos leitores deste blog?)
Feitas tais considerações, agradeço, desde já, os cartõezinhos de Natal que vocês escreverão para mim.
PS: Eva, essa lista não vale para você! Pode escolher uma lembrança- surpresa, viu?
Postado por Senhorita B. às 9:46 PM 10 comentários
9 de dez. de 2007
Sobre uma certa Senhorita C.
Postado por Senhorita B. às 10:37 AM 14 comentários
6 de dez. de 2007
Lista dos vencedores do desafio
- Carina Avgvsta
- Personagem Principal
- Criticas Criticáveis
- O Sibarita
- Aeronauta
- Palatus e colirius
- Álvaro
- Luíza(que foi café com leite)
- Kátia Borges
- Ricardo
- Georgio
Na próxima segunda-feira, colocarei os livros no correio. Por favor, mandem seus endereços!!!!
Postado por Senhorita B. às 6:16 PM 6 comentários
Para diversão de vocês(notícia encontrada na BBC Brasil)
Argentino propõe criação de imposto sobre beleza
Max SeitzDe Buenos Aires
O escritor argentino Gonzalo Otálora está causando polêmica com uma campanha em que defende a cobrança de impostos das pessoas consideradas lindas para compensar o "sofrimento" daqueles que supostamente foram menos favorecidos pela natureza.
O escritor, de 31 anos, diz que sua iniciativa tem o objetivo de provocar um debate sobre o culto à beleza na Argentina e sua influência em setores como a política, a economia e a educação.
Armado com um megafone em frente à Casa Rosada, sede da Presidência argentina, em Buenos Aires, Otálora reclama os direitos das pessoas que são consideradas feias pela sociedade.
Otálora, que se considera parte do grupo dos menos agraciados, afirma "por experiência própria" que os feios não têm os mesmos direitos que os lindos na Argentina.
Em seu livro, intitulado "Feio", o escritor argentino narra em primeira pessoa o sofrimento que enfrentou por sua suposta falta de beleza.
"Eu pensei que se fizesse dieta, fosse todos os dias à academia e me submetesse a uma cirurgia plástica poderia ser feliz. E me dei conta de que fiz tudo isso e (ainda assim) não me sentia completo. Minha vida não mudou."
Na Argentina, a beleza física é associada à imagem de modelos e atores que aparecem nos meios de comunicação, e as pessoas são consideradas mais ou menos belas conforme se aproximam ou se distanciam desses parâmetros.
Otálora diz que empreendeu sua cruzada para que os argentinos tomem consciência dos valores que sustentam esse tipo de discriminação e "autodiscriminação".
"Paliativo"
O escritor propõe que o imposto cobrado dos belos sirva para subsidiar os feios e reparar seu sofrimento.
"É um paliativo, porque neste país, onde se diz que as mulheres argentinas são as mais lindas do mundo, um garoto feio ou que se sinta feio está de algum modo condenado a ser infeliz", afirma.
Escritor narra em livro sofrimento que enfrentou por ser feio
Otálora apresentou seu projeto ao presidente da Argentina, Néstor Kirchner, a quem classifica como "pouco atraente" e de quem espera alguma resposta por simpatia à causa.
O escritor admite que a idéia de um imposto sobre a beleza "pode parecer uma loucura", mas afirma que é apenas um ponto de partida para discutir outros temas.
Ele enumera alguns assuntos que, em sua opinião, deveriam ser debatidos: "Que nos desfiles de moda estejam representados todos os tipos de constituição física, que na escola se crie um ambiente que desestimule o deboche e que se controle a importância que as empresas dão à aparência na hora de selecionar funcionários".
Por fim, Otálora dá um conselho a seus "pares" feios: "Eu me reconciliei comigo mesmo quando me olhei no espelho, parei de me julgar e comecei a gostar de mim mesmo. E, às dificuldades, respondi com bom humor."
Postado por Senhorita B. às 1:11 PM 6 comentários
4 de dez. de 2007
My Mac Happy Weekend(Meu Mac final de semana feliz)
Talvez porque a palavra esteja bastante desgastada. Talvez porque eu realmente não saiba o que ela significa. Mas uma coisa é certa: sempre que penso no que é felicidade, duas imagens vêm na minha cabeça. A primeira delas é a cena acima colecionada. A segunda é uma libélula morta exposta num quadro de vidro pendurado numa parede qualquer.
Dito isso, fica claro que tenho uma péssima impressão do termo “felicidade”. Ele me parece assustador, artificial, plástico e mentiroso. Não há nada mais terrível do que as promessas de vida que ele propõe sem sucesso. Guerras, drogas e antidepressivos são algumas das conseqüências dessa busca desesperada por algo que não sabemos exatamente o que é. Nos últimos tempos, o mercado de consumo criou a ditadura da felicidade e nós a aceitamos sem pensar. Internalizamos a idéia de que temos que sempre estar bem, malhados, bonitos, ricos, contentes... E coitado daquele que fuja desse padrão! Entra direto no bloco dos infelizes, passa a ser visto pelos “outros”(que se pensam felizes) como alguém inferior, condenado às profundezas malignas do mundo.
Não seria mais fácil se admitíssemos que este modelo de vida é incompatível com a natureza humana? Somos mutantes, inconstantes, variáveis. Como poderíamos caber em uma roupa só? Para mim, é claro que é impossível viver sem conflitos. E, sinceramente, agradeço por isso. É das minhas angústias e medos que nasce muito daquilo que escrevo. Chega a ser curioso: encontro enorme prazer em colocar no papel tudo que me incomoda.
Eu acho que o que verdadeiramente importa é sermos féis ao que acreditamos. Sem esperar nada dos outros, sem exigir deles qualquer adesão ao nosso projeto de existência. O nosso compromisso deve ser apenas este e ponto. Isso foi o que concluí com o desafio que propus.
Ahh... Que vergonha! Esse texto ficou meio auto-ajuda, não? Pena que não vou ganhar horrores de dinheiro com ele!(rs)
Abaixo segue o meu Mac final de semana feliz. Com ketchup e tudo mais.
Obrigada por terem topado o desafio. Espero que gostem dos livros que receberão.
Meu Mac final de semana feliz
Sexta= Me diverti bastante no casamento. Já no aniversário, tive que escutar as mesmas coisas chatas de sempre. (Está mais gorda/magra? Quais as novidades?). Quando, ainda na festa, a quinta pessoa me perguntou o que eu estava fazendo da vida, respondi, na frente de todo mundo, sem pestanejar:
- Nada. Parei de trabalhar. Só penso em me casar.
É óbvio que o povo ficou horrorizado. Mas valeu a pena, sabe? Desde então, só faço dar risada dessa cena que protagonizei.
Sábado= Tive quatro eventos. Todos foram relativamente bons. Gostei mais do último. Adorei saber que minha tia-solteira-convicta anda arrastando asa para um colega de trabalho recém-saído da adolescência. E que ela só pensa em Sex and the city. Tudo bem que ela descobriu o seriado tardiamente, mas achei muito moderno da parte dela admitir isso.
Domingo= Passei o dia lendo. Comi Mac Donalds. Engordei vinte quilos. Assisti um filme chamado Amigas com dinheiro. Me lembrei que ficarei sem dinheiro: preciso comprar os presentes de Natal de minhas amigas.
Cena inicial do filme Cidade dos sonhos de David Lynch.
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30 de nov. de 2007
Primeiro desafio Vestígios da Senhorita B.
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29 de nov. de 2007
Convite: Fulana Opereta
Recital de poemas de Fabrícia Miranda,
Participação de:
Gabriela Carvalho, Inaê Sodré, Lita Passos e Renata Belmonte
Escola de Belas Artes, 18 horas
Postado por Senhorita B. às 12:10 PM 3 comentários
27 de nov. de 2007
Dans Paris
Por que até sofrer em francês é mais charmoso?
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22 de nov. de 2007
A musa do banheiro
Postado por Senhorita B. às 11:03 PM 17 comentários
20 de nov. de 2007
18 de nov. de 2007
Ameaça
Postado por Senhorita B. às 3:23 PM 10 comentários
11 de nov. de 2007
Raras felicidades dominicais
Postado por Senhorita B. às 11:12 PM 9 comentários
As mulheres da minha vida
Postado por Senhorita B. às 3:25 PM 8 comentários
7 de nov. de 2007
Das cenas insólitas da minha vida: parte 01
Postado por Senhorita B. às 10:07 AM 9 comentários
4 de nov. de 2007
Crime e castigo
Postado por Senhorita B. às 11:58 PM 7 comentários
3 de nov. de 2007
Síndrome Carrie Bradshaw
É certo que nós, mulheres, amamos tal tema. A queridíssima Mônica me disse que uma das primeiras coisas que ela olha numa outra mulher é o sapato que esta está usando. Achei isso bem curioso, pois percebi que também ajo assim. E acabei me lembrando de meu irmão, que nada entende de moda, mas que sempre me diz que eu deveria usar mais sandálias rasteiras (e condena com vigor qualquer espécie de bota).
Ora, mas não é que descobri, nesta semana, que um dos meus artistas favoritos também tem um fetish por sapatos? Não, Carrie, desta vez não me refiro à você. Falo do David Lynch. Que fotografou os sapatos do Louboutin e está expondo o resultado disso tudo na Galerie du Passage, em Paris. Eu vi algumas das fotos e achei incríveis. Bem a estética do mestre!
No mais, desejo para vocês um sábado bem no clima deste post: repleto de glamour!
PS: As fotos acima são de autoria do Sr. Lynch.
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31 de out. de 2007
A vida dos outros
Postado por Senhorita B. às 10:00 AM 7 comentários
27 de out. de 2007
Esmeralda
Quando Ricardo nasceu, a tiraram do meu quarto e eu, aos quatro anos, tive a minha primeira perda. Aquele ser estranho que me obrigavam a chamar de irmão se tornou um dos maiores amores de sua vida, há algo frágil nele que a encanta terrivelmente. É certo que na sua concepção, eu, a menina que sempre foi linda, precisa menos dela do que o garoto mirrado cheio de hábitos excêntricos. Tem sido assim, desde sempre: de equívocos se preenche a história da minha vida.
Se algum dia me for possível, farei o mesmo que o João Moreira Salles: dirigirei um documentário sobre a vida da minha eterna babá. Ele se chamará Esmeralda, seu verdadeiro nome. Nome este que ela guarda como um segredo e esconde através do apelido Meire. É dura demais consigo mesma para reconhecer todo o seu valor.
Por fim, hoje, no dia de seu aniversário, mesmo sabendo que ela não lerá este texto, repito a dedicatória de Femininamente: Para minhas duas mães. Sim, o amor que sinto por ela é muito maior do que qualquer eventual dor.
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23 de out. de 2007
Uma criança e eu
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18 de out. de 2007
Das coisas que vejo na TV
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16 de out. de 2007
Uma nova vida para Renata B.
É certo que tudo tem seu fim e a noite de hoje não foi diferente. Neste último lançamento do Outras moradas, tirei fotos sorrindo, encontrei pessoas amigas, conheci pessoalmente outras pessoas amigas, me tornei amiga de pessoas que apenas conhecia. Tudo ao som de jazz, que preferi inventar ser bossa-nova: assim pude acreditar que a sensação vagamente familiar que me tomava nada mais era do que a identificação do momento com os eventos que acontecem nas novelas de Manoel Carlos. Talvez eu esteja assistindo novelas demais, eu sei. Essa também é uma das minhas hipóteses.
Que vivemos eternamente de fantasias, sempre tive certeza e jamais neguei as minhas. Mas eis que conto a cena mais surreal deste meu último sonho: onze escritores sentados ao mesmo tempo numa pizzaria. Duas mesas, papo agradável, clima descontraído. Eu, no meio deles, eu, que sempre evito conviver com grupos por medo de abusos coletivos de compreensão. É madrugada, sim, sei. Mas estou acordada e o que narro não surgiu durante o sono. É a minha realidade, esta que vem me causando muito mais estranheza do que os filmes do David Lynch.
As pessoas que foram ao lançamento do Outras moradas não desconfiam que eu morro de medo de autografar os meus livros. Sempre acho que escreverei alguma coisa errada, que direi algo tolo, sem sentido. As pessoas que foram ao lançamento do Outras moradas nem desconfiam que temo não corresponder o tamanho de sua consideração. Sou bastante esquecida e sofro muito quando sou desatenciosa com aqueles que são bons comigo. As pessoas que foram ao lançamento do Outras moradas e me viriam com aquele vestido dourado, desconhecem a angústia que sinto durante as minhas festas: tento sempre prolongar os momentos que vivo, não gosto de aceitar o fim das coisas.
Algumas pessoas que conheço e dizem que gostam muito de mim não tem comigo a menor consideração. Outras, que mal convivo, nutrem por mim afeição. Meu irmão, outra dia, brigou comigo e disse: pobre de você que vive de migalhas de felicidade. É, talvez ele tenha razão. Porque permaneço aqui, nesta noite, com fome. Mas sempre embriagada de vida.
Postado por Senhorita B. às 1:38 AM 15 comentários
9 de out. de 2007
Lista de convidados:
- Todos os leitores deste blog!
Esse 2º lançamento é para vocês: meus leitores queridos. Nós, autores do Outras moradas, apenas tivemos 40(quarenta) convites individuais para o lançamento de amanhã, no Solar Cunha Guedes. Só minha família são 50 pessoas... Portanto, resolvemos fazer esse segundo evento. Será muito legal! Espero vocês!
Postado por Senhorita B. às 9:25 PM 12 comentários
7 de out. de 2007
Tratado sobre o óbvio
- Nem todas as pessoas ricas são metidas e desonestas.
- Nem todas as pessoas pobres são simples e honestas.
- Nem todas as pessoas pobres são dignas de pena, algumas vivem com muito mais dignidade do que outras que ganham milhões.
- Nem todas as pessoas ricas são dignas de desprezo, algumas são ótimas pessoas e investem seu dinheiro de forma muito bacana.
- Nem todas as mulheres bonitas são insuportáveis e vazias.
- Nem todas as mulheres bonitas são burras.
- Usar roupas folgadas e óculos colorido não transforma ninguém em intelectual.
- Usar terninho e pasta de couro não transforma ninguém em um profissional mais competente.
- Nem todas as pessoas gordas são infelizes.
- Nem todas as pessoas gordas são engraçadas.
- Nem todas as pessoas magras sofrem de anorexia.
- Nem todo artista é lunático.
- Nem todo americano é burro e alienado.
Queridos: já está na hora de combatermos essa lógica de vida Malhação!
Postado por Senhorita B. às 9:24 PM 9 comentários
3 de out. de 2007
30 de set. de 2007
Insights & Epifanias
restamos após a luta pele, suor, sangue
belo embaralho de peitos e pernas corpos sobre corpos
a matéria do desejo impressa na respiração
revoluteando sobre si mesma sobre um outro incomensurável
já teima em ocupar espaço demais esgotado do gosto alheio
e ainda assim ansiando insights & epifanias
não mais as mesmas sim outras que não cabem em si
de tanto movimento um sobre outro um e outro
sobressaltados os dois no mesmo delírio insatatâneo
desferindo golpes talhando um amor à flor da pele
Sandro Ornellas
Postado por Senhorita B. às 10:31 AM 9 comentários
26 de set. de 2007
:)
Postado por Senhorita B. às 10:19 PM 5 comentários
23 de set. de 2007
A vida como ela é
Postado por Senhorita B. às 9:11 PM 11 comentários
19 de set. de 2007
Devastação, ela disse.
Postado por Senhorita B. às 9:16 PM 8 comentários
17 de set. de 2007
Neste papel onde também me escondo...
RB- Cecília Meireles, certa vez, disse: não tem mais lar o que mora em tudo. Depois de tanto tempo fora do país, o Brasil ainda é sua "casa"? Onde você, agora, é realmente estrangeiro?
NB- No poema “Navio de várias árvores”, eu toco nesse assunto, do ponto de vista lingüístico, naturalmente abrangendo questões relacionadas à pátria. O poema começa com os versos: “Já sei que jamais serei um perfeito poliglota./ Tampouco poderei tentar a viagem de volta.” No primeiro verso, torno pública a minha incapacidade de falar perfeitamente os quatro idiomas que não apenas estudei a fundo, mas também vivenciei nos últimos vinte anos. No segundo, revelo a impossibilidade do retorno imaculado à língua-mãe. Embora durante os anos dedicados ao estudo de inglês, francês, italiano e espanhol, eu tenha continuado a estudar português, através da leitura e da escrita, ter deixado o Brasil me distanciou da minha língua materna. Hoje falo e escrevo português com um cuidado e atenção semelhantes aos que dedico a idiomas estrangeiros, tentando desviar-me de suas tantas armadilhas. Ainda assim, de vez em quando, acabo cometendo erros elementares, como se eu fosse estrangeiro à minha língua-mãe. Nesse mesmo poema, digo: “Minha língua-mãe me lambe,/ mas já não me lava/ da lava de palavras que me levam...”
Não sei se concordo totalmente com Cecília Meireles, pois acho que todo mundo tem um lar sim, ainda que imaginário. Foram muitas as casas onde morei, desde que deixei a casa onde vivi até os 19 anos. Morei numa pensão no Rio, num quartinho em Paris, num albergue em Roma, no sótão de um casarão em Londres, isso só para citar alguns dos tantos lugares por onde passei. No entanto, sempre soube que estava de passagem. A velha casa de Periperi, construída há mais de 70 anos por meu avô, a casa de sete mangueiras plantadas por ele e muitas outras árvores plantadas por meu pai, além de um lindo pé de flamboyant plantado por mim. Essa casa nunca deixou de ser, em mim, minha casa, ainda que nos últimos vinte anos eu só tenha estado nela de férias. Num poema, cujo título é o endereço dessa casa, digo que “partir é penetrar mais fundo do que quem fica.” O grande escritor argentino, Jorge Luis Borges, embora morasse na Europa, nunca deixou de ver Buenos Aires como a sua verdadeira cidade. Para ele, a pátria era um lugar muito mais idealizado do que concreto, muito mais no passado do que no presente. São dele os versos: “Naquela Buenos Aires, que me deixou, eu seria um estranho./ Sei que os únicos paraísos não proibidos ao homem são os paraísos perdidos.” Nesse sentindo, acredito nunca ter deixado o Brasil. Ainda assim, não poderia negar que em alguns aspectos me sinto estrangeiro aqui. No fundo hoje me sinto e sou estrangeiro, além de ser cidadão, tanto aqui quanto na Europa, o que por um lado não deixa de ser uma perda. Mas olhando por um outro ângulo, acaba sendo um grande ganho.
RB- O que dói mais: ser ator ou poeta? (Faço tal pergunta porque apenas escrevo prosa. E sou uma atriz frustrada, jamais subi num palco, apesar de apaixonada pela atividade).
NB- Como fui muito prolixo na resposta acima, vou tentar ser mais sucinto aqui. Na minha experiência pessoal, ser ator é muito mais doloroso. Nina, uma atriz de pouco talento, personagem da peça A Gaivota, de Tchekhov, expressa essa dor em poucas palavras: “Você não pode compreender o que é isso, ter consciência de que atua mal.” Eu acho até que eu tinha talento e vocação. Mas fui tomado por um grande medo do palco. A insegurança que eu sentia em cena foi o que me levou a buscar o esconderijo do ato de escrever. Não nego a dor de estar muitas vezes diante da branca folha de papel, consciente de que escrevo mal, não conseguindo sair vitorioso da luta que diariamente realizo com as palavras. No entanto, o fato de eu não estar exposto enquanto luto me garante uma certa lucidez e calma, qualidades necessárias para a luta, que no dizer de Drummond, era a luta mais vã. Já o ator não. Para a luta do ator ocorrer, ele precisa estar diante do público.
RB- Em qual dos seus poemas você se esconde melhor?
NB- A idéia dos meus poemas como esconderijos está mais relacionada à minha ausência física neles do que ao ato de se esconder. Na verdade, cada vez mais acredito que não seja possível se esconder enquanto artista, nem mesmo enquanto pessoa. A individualidade inerente a todo ser humano impede que isso ocorra. Por sermos diferentes uns dos outros, acabamos sempre deixando a nossa marca individual em tudo o que fazemos. Nos meus esconderijos em papéis estou mais exposto do que escondido. E aceito isso. Porém estou ausente. Estar fisicamente ausente é fundamental. Escondido mesmo eu não estou nem mesmo nos poemas em que não estou, pois até a minha percepção individual do mundo me revela ao mundo.
RB- Quando você se compreendeu artista? Foi difícil a aceitação de tal condição?
NB- Eu me compreendi artista muito cedo. Quando criança, eu pensava em ser médico ou pintor. Eu tinha um cavalete e fazia muitos quadros que minha mãe pendurava na sala e no corredor de nossa casa. Eu gostava muito de fazer peças com fantoches. Na verdade eu adorava isso! Minha mãe nos levava muito ao Teatro Castro Alves. Foi lá que eu vi Monetinho e me encantei. Anos mais tarde veria Os Saltimbancos e passaria a não ter dúvidas do que eu queria fazer pelo resto de minha vida. Mas só comecei a subir no palco quando tinha uns 14 anos. Foi no Marista, colégio onde eu estudava. Eu representei Zé do Burro, em O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, na sala de aula. O texto era longo, mas eu não errei nada. Ao me assistir, Luciano Bahia, que era meu colega de turma, me chamou para ser o ator principal da peça do ginásio, no ano seguinte. Nós competiríamos com o 1º, 2º e 3º colegial. A partir dali, eu ganharia todos os prêmios de melhor ator, até deixar o Marista em 1986. Minha família sempre ajudava, procurando roupas, sapatos e perucas para os meus muitos personagens. Todos me incentivavam. Nunca me impuseram nenhum empecilho. Mas o medo do palco sempre esteve presente, desde o princípio. No entanto, esse medo se diluía quando eu estava no palco. Era maravilhoso! Se eu pudesse redescobrir aquela energia em mim, retornaria ao palco hoje mesmo. E já não descarto essa possibilidade. Ando namorando o palco novamente. Em Londres, faço parte da StoneCrabs, uma companhia teatral anglo-brasileira. Embora a minha função esteja apenas relacionada a assuntos administrativos, já não acho impossível algum passeio futuro por minha primeira profissão. Seria tão bom poder explorar aqueles esconderijos novamente!
Postado por Senhorita B. às 7:11 PM 5 comentários
15 de set. de 2007
Cantem comigo:
Quero me encontrar, mas não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu não sou daqui
Acho que gosto de São Paulo
Gosto de São João
Gosto de São Francisco e São Sebastião
E eu gosto de meninos e meninas
Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre
Vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente
Estou cansado de bater e ninguém abrir
Você me deixou sentindo tanto frio
Não sei mais o que dizer
Te fiz comida, velei teu sono
Fui teu amigo, te levei comigo
E me diz: pra mim o que é que ficou?
Me deixa ver como viver é bom
Não é a vida como está, e sim as coisas como são
Você não quis tentar me ajudar
Então, a culpa é de quem? A culpa é de quem?
Eu canto em português errado
Acho que o imperfeito não participa do passado
Troco as pessoas
Troco os pronomes
Preciso de oxigênio, preciso ter amigos
Preciso ter dinheiro, preciso de carinho
Acho que te amava, agora acho que te odeio
São tudo pequenas coisas e tudo deve passar
Acho que gosto de São Paulo
E gosto de São João
Gosto de São Francisco e de São Sebastião
E eu gosto de meninos e meninas
Pronto. Já me sinto mais aliviada.
Tenho quase certeza que eu não sou daqui...
Postado por Senhorita B. às 8:08 PM 3 comentários
14 de set. de 2007
Brief an den Vater
Postado por Senhorita B. às 3:46 PM 8 comentários
12 de set. de 2007
Em veludo azul
Postado por Senhorita B. às 12:53 AM 9 comentários
9 de set. de 2007
No "Entre Aspas"...
Algumas palavras minhas!
http://revistaentreaspas.blogspot.com/
Beijos,
Renata
Postado por Senhorita B. às 11:23 PM 7 comentários
6 de set. de 2007
Quem disse que eu me mudei?
Não importa que a tenham demolido:
A gente continua morando na velha casa
[em que nasceu.
Mário Quintana
Volto de viagem direto para o Vestígios. Esta casa, nossa casa, minha casa.
Postado por Senhorita B. às 11:45 PM 7 comentários
30 de ago. de 2007
Queridos,
Eu e a Senhorita B. tiramos umas férias. Mas voltaremos no dia 06 de setembro.
Beijos para todos,
Renata
Postado por Senhorita B. às 8:32 PM 6 comentários
26 de ago. de 2007
Para Ricardo...
Friedrich Nietzsche
Sua frase favorita. Porque estou morrendo de saudades!
Postado por Senhorita B. às 9:59 PM 4 comentários
24 de ago. de 2007
Outras belezas
"O escritor e seus múltiplos vem vos dizer adeus. Tentou na palavra o extremo-tudo. E esboçou-se santo, prostituto e corifeu. A infância foi velada: obscura na teia da poesia e da loucura. A juventude apenas uma lauda de lascívia, de frêmito Tempo-Nada na página. Depois, transgressor metalescente de percursos. Colou-se à compaixão, abismos e à sua própria sombra. Poupem-no o desperdício de explicar o ato de brincar. A dádiva de antes (a obra) excedeu-se no luxo. O Caderno Rosa é apenas resíduo de um "Potlatch". E hoje, repetindo Bataille: Sinto-me livre para fracassar."
Postado por Senhorita B. às 2:00 AM 7 comentários
22 de ago. de 2007
Sobre ser muito bonita...
Postado por Senhorita B. às 1:03 AM 13 comentários
20 de ago. de 2007
Queridos,
Postado por Senhorita B. às 1:02 AM 12 comentários
17 de ago. de 2007
Lost in translation
Postado por Senhorita B. às 5:26 PM 25 comentários
16 de ago. de 2007
14 de ago. de 2007
Um post interativo
- Gabriel Garcia Marquez
- Marcel Proust
- Liev Tolstói
- Antonio Lobo Antunes
- Nélida Piñon
E vocês? Esqueceram do título do post? Façam o favor de confessar! Espero as listas nos comentário! Prometo que não vou ficar de bochechas coradas!(rs)
Postado por Senhorita B. às 10:42 PM 15 comentários
12 de ago. de 2007
Tudo sobre meu pai
- Quem é o homem que você acha mais bonito no mundo?
Sem a menor dúvida, respondi:
- Meu pai.
Foi com meu pai que aprendi a importância de ser sensível às demandas dos outros. Foi vendo meu pai construir casas para seus empregados que compreendi que, enquanto ele faz isso, o universo lhe conspira castelos. Extremamente emotivo, vejo-o resolvendo todos os problemas do mundo na mesa do seu escritório. E até com suas charmosas incoerências, já me acostumei: ainda ontem, apesar de ele reclamar do tempo que gasto com meus escritos, me presenteou com um belo caderno de couro.
Todas as manhãs, quando meu pai sai para trabalhar, acho-o tão elegante que escuto Frank Sinatra cantar. E sempre desconfio: dentro de seus ternos bem-cortados deve estar escondida uma roupa azul. Com uma capa e um S em vermelho no peito.
Postado por Senhorita B. às 12:14 PM 10 comentários
11 de ago. de 2007
Dos começos perdidos
Trecho de O Passado, romance do escritor Alan Pauls. O grande responsável por este blog ter se tornado passado nestes últimos esses dias...
Postado por Senhorita B. às 11:59 AM 6 comentários
7 de ago. de 2007
Quando o circo se foi...
" Quando criança, achava que sendo boa, apenas coisas boas lhe aconteceriam."
(Frase do meu conto Quando o circo se foi. Lógica do meu livro O que não pode ser. E de toda a minha vida.)
Postado por Senhorita B. às 6:01 PM 11 comentários
3 de ago. de 2007
Da primeira vez que vi a Senhorita B.
Ele se sentará na cabeceira da mesa e terá perto de si as suas cinco mulheres. Todas elas estarão muito contentes e baterão palmas ao mesmo tempo. Seus nomes são parecidos, suas iniciais se confundem. Apenas uma não é loura e não tem os olhos claros. Mas isto jamais fez com que se sentisse deslocada ou qualquer coisa do tipo. Suas roupas não negam: é presença indispensável na fotografia que será tirada em poucos minutos.
Eu estarei em pé e relembrarei com saudade alguns episódios daquela casa. As brincadeiras com a boneca de cabelos verdes e as intermináveis provas de vestidos me asseguram: sou uma delas. Perceberei os gestos exagerados da mais nova e escutarei os casos da única que mora fora. Darei risada das maluquices de minha madrinha. Comprovarei, mais uma vez: não foi à toa que nasci numa família de mulheres.
Hoje, nos noventa anos do meu vô Wilson, comungarei da felicidade de minha mãe e minhas tias. Sou Renata, filha de Rivane, a morena. Mas sou loura e parecida com Riane, Rejane e Rosane, minhas tias. Hoje, nos noventa anos de meu avô, haverá um momento em que procurarei os olhos verdes de minha vó, Rosalva. Porque foi neles que vi, pela primeira vez, a Senhorita B. Porque foi neles que entendi, pela primeira vez, o significado do verbo sonhar.
Postado por Senhorita B. às 11:33 AM 17 comentários
2 de ago. de 2007
O tempo de cada um
Postado por Senhorita B. às 3:23 PM 8 comentários
31 de jul. de 2007
Queridos leitores,
Mas hoje, tendo em vista a demanda, liguei para a LDM e descobri que lá ainda restam alguns exemplares.
Quem tiver interesse, pode escrever para claudionorldm@hotmail.com.
Ou ligar para (71) 21018000.
Abraços,
Renata
PS: Isso também é válido para quem não mora aqui na Bahia.
Postado por Senhorita B. às 5:20 PM 1 comentários